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segunda-feira, maio 11, 2015

Dilemas morais e bioéticos

                                                            Foto do sítio bioethics.com

A evolução moral da humanidade ocorre, na maior parte da vezes, em decorrência de um acontecimento bárbaro. A declaração de Helsinki é um exemplo, surgida após os horrores praticados por pesquisadores nazistas entre outras barbaridades, foi o primeiro documento que estabelecia limites para a pesquisa em seres humanos. A metodologia epidemiológica acompanhou esses aprimoramentos incorporando em seus delineamentos estratégias que preservam a integridade do ser humano.  Atualmente, a pesquisa de novos medicamentos e vacinas atende a diversos mecanismos que visam, acima de tudo, atender a preceitos bioéticos. Mas quando a situação acaba por colocar no limite estes preceitos? Quando a introdução de uma tecnologia não pode esperar a complexidade metodológica e ética que nossa sociedade exige?
Atualmente, cada vez mais, a humanidade tem se deparado com esses dilemas. Um exemplo mais recente é o surto de ebola no oeste africano. A descoberta e o uso de novos medicamentos poderia salvar milhares de vidas, mas o preço a se pagar pelos excessos cometidos no passado e pelo avanço das novos delineamentos é a demora da sua liberação para uso clínico. Um artigo de opinião do Dr. Arthur Kaplan no Lancete desta semana levanta essa questão para discussão. Abaixo segue o link para a publicação:

quinta-feira, dezembro 04, 2014

Excelente revisão do Ebola para os clínicos


O ebola vírus pertence à família filoviridae que possui três gêneros: Marbourg, Ebola e Cuevavirus. São descritas cinco espécies de Ebola vírus: Zaire, Bundibugyo, Sudan, Reston e Floresta Taï. A espécie que vem causando a epidemia atualmente é a primeira. A doença é transmitida inicialmente de morcegos frugívoros para outros mamíferos como macacos que transmitem a doença para humanos que posteriormente mantêm a transmissão inter-humana. Apresenta elevada letalidade (em torno de 50 %) e causa febre hemorrágica após um período de 5 a 10 dias (variando de 2 a 20 dias).
A prevenção da transmissão envolve grandes esforços de saúde pública, sendo essencial a tomada de medidas rígidas de precaução (isolamento) e quarentena. Outro aspecto de interesse é a permanência do vírus no sêmen de homens convalescentes por meses, sendo recomendada a abstinência sexual durante esse período.
A revista Acta Médica Portuguesa publicou recentemente uma excelente revisão sobre ebola no seguinte link:
Revisão sobre Ebola para Clínicos

sexta-feira, novembro 21, 2014

Novos ensaios clínicos randomizados para o ebola são anunciados

O Ebola é na atualidade a maior preocupação sanitária no mundo e a boa notícia é o inicio em dezembro de ensaios clínicos terapêuticos para a doença. Os testes serão realizados nos centros de tratamento dos Médicos sem Fronteiras no Oeste Africano e incluem o brincidofovir, um antiviral desenvolvido para tratamento de infecções por CMV e Adenovirus, o favipiravir, desenvolvido para tratamento de influenza, e o plasma de indivíduos convalescentes.
A escolha dessas opções terapêuticos se baseou na sua disponibilidade imediata para uso na epidemia, caso demonstrem ser eficazes nos ensaios.

Origem da Quarentena - Quarantine origin

Em meados do século XIV, autoridades sanitárias da Itália, sul da França e arredores, premidos pela epidemia de peste negra, criaram um sist...