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sábado, novembro 20, 2010

Síndrome da Imunodeficiência Humana - AIDS

Autores(as): Alexandra Saliba, Camila Lima, Gabriela Manara e Filipe Bittencourt.


Epidemiologia
A AIDS foi identificada em 1981, nos Estados Unidos, em homossexuais. Nos EUA e Europa, a transmissão é basicamente homossexual ou através de sangue. A maioria dos pacientes está entre 20 e 49 anos de idade, são do sexo masculino em grupos de alto risco (por exemplo, homens homo ou bissexuais, usuários de drogas IV que compartilham agulhas e receptores de transfusão de sangue ou derivados que às vezes transmitem HIV a mulheres por via heterossexual). Nos EUA, a proporção de mulheres está aumentando (aproximadamente 20%) no número total de casos de AIDS.
Na África, América do Sul e sul da Ásia, a transmissão é basicamente heterossexual. Nessas áreas, homens e mulheres são quase igualmente afetados.
A infecção de grande número de mulheres em idade fértil levou a um número substancial de casos de AIDS pediátricos. O HIV pode ser transmitidos através da placenta ou no período perinatal. O vírus foi encontrado no leite materno e a amamentação está implicada na transmissão.
Estima-se em mais de 30 milhões de infecções por HIV e 10 milhões de casos de AIDS no mundo todo.
No Brasil, cerca de 630 mil pessoas vivem com o HIV. Do início da epidemia, em 1980, até junho de 2009, foram realizados 544.846 diagnósticos. Durante esse período, foram registradas 217.091 mortes em decorrência da doença, segundo dados do Boletim Epidemiológico de 2009. Por ano, são notificados entre 33 mil e 35 mil novos casos de AIDS, e a região Sudeste é a que tem o maior percentual (59%) do total de notificações,enquanto  o Centro-Oeste tem 6%.
Os grandes centros urbanos do país – onde estão concentrados 52% dos casos de AIDS – registraram queda na taxa de incidência da doença e a incidência nos municípios com menos de 50 mil habitantes dobrou, revelando que a epidemia caminhou para o interior do país.
A razão de sexo (número de casos em homens dividido por número de casos em mulheres) no Brasil diminuiu consideravelmente do início da epidemia para os dias atuais.

Quadro Clínico
O HIV provoca um amplo espectro de problemas clínicos, que podem simular outras doenças. Imediatamente após a infecção e durante um período prolongado (mais do que meses em um pequeno número de pessoas), existe um breve estado de portador com anticorpos negativos. Durante este período, o vírus se reproduz rapidamente até que o sistema imunológico comece a reagir e/ou os alvos estejam exauridos.
Dentro de uma a quatro semanas de infecção, alguns pacientes desenvolvem a Síndrome Retroviral Aguda ou Infecção Primária pelo HIV, com febre, mal estar, exantema, artralgias e linfadenopatia generalizada, geralmente durando 3 a 14 dias, seguida por soro conversão para anticorpo contra HIV dentro de dias a 3 meses.
A síndrome retroviral aguda freqüentemente é confundida como infecção das vias aéreas superiores (IVAS) com febre, algo parecido com uma gripe, ou também a mononucleose. Após os possíveis quadros, essas manifestações agudas desaparecem (embora a linfadenopatia geralmente persista) e os pacientes tornam-se portadores assintomáticos do HIV com anticorpos positivos. Alguns desses pacientes desenvolvem sintomas leves remitentes e sinais que não preenchem a definição de AIDS (por exemplo, monilíase, herpes zóster, diarréia, fadiga, febre).
Quadro Laboratorial
A detecção de anticorpos contra HIV é sensível e específica na maioria dos estágios da infecção, sendo também barata e amplamente disponível. Testes sorológicos rápidos (10min), sistema de coleta domiciliar e testes para anticorpos anti-HIV em secreções orais e urina são úteis em algumas situações, mas necessitam confirmação por testes sorológicos padrão.
A detecção de RNA do vírus HIV no sangue fornece um diagnóstico sensível e específico de infecção por HIV em pacientes em estágios muito iniciais da infecção, quando os anticorpos podem ainda não ser detectáveis.
Testes para detecção de anticorpos contra HIV incluem ELISA, que pode detectar anticorpos contra proteínas do HIV. O ELISA é altamente sensível e específico, mas ocorrem alguns testes de ELISA falsos-positivos. Quando reativo, o ELISA deve ser repetido na mesma amostra. Se for positivo uma segunda vez, deve ser realizado um teste que seja mais específico, por exemplo, o “Western blot”, que é um procedimento de imunoeletroforese para identificar anticorpos contra proteínas virais específicas separadas por seu peso molecular.
Os ELISA que medem diretamente antígenos virais (p24) em vez de anticorpos antivirais são relativamente insensíveis. Testes de níveis de antígeno foram suplantados pelas medidas mais sensíveis de RNA plasmático.
Vários ensaios de RNA plasmático, como reação em cadeia da polimerase por transcrição reversa, que amplifica ácidos nucleicos virais, ou o DNA ramificado (bDNA), que amplifica o sinal, são sensíveis e precisos em uma ampla gama de concentrações virais (até 1.000.000 de cópias/mL de plasma). Os limites inferiores de detecção são de aproximadamente 400 cópias/mL para reação em cadeia da polimerase por transcrição reversa e 5.000 cópias/mL para bDNA e a sensibilidade desses testes vem sendo aprimorada.
Outros métodos para amplificação de ácido nucleico, como amplificação de ácido nucleico baseado em seqüência (NASBA) e amplificação mediada por transcrição (TMA) estão em desenvolvimento para aumentar a sensibilidade de quantificação do RNA de HIV.
Os achados laboratoriais são inespecíficos e transitórios e incluem: linfopenia seguida de linfocitose, presença de linfócitos atípicos, plaquetopenia e elevação sérica das enzimas hepáticas.

Prevenção
A prevenção contra o HIV/AIDS deve ser realizada abrangendo diversos níveis ao mesmo tempo, devido aos diferentes processos de transmissão do vírus. Atualmente estão sendo desenvolvidas muitas técnicas para induzir imunidade protetora, através de vírus vivos atenuados e vírus inativos, proteínas, peptídeos, etc. que, apesar de apresentarem níveis inadequados de segurança e imunogenicidade, continuam sendo objeto de pesquisa em todo o mundo. 
Enquanto a imunoprofilaxia não está disponível, outros métodos de prevenção são estabelecidos, obedecendo as possibilidades de trasmissão. Se houver fator de risco epidemiológico, investigar corretamente a presença do HIV e de outras possíveis comorbidades que podem prejudicar mais a saúde do portador, com DSTs, doenças infecciosas sistêmicas, etc.
Deve haver uma campanha de educação sexual e adoção de medidas protetoras, consigo mesmo e com o parceiro, através do fornecimento de preservativos de baixo custo e boa qualidade.
Sobre o controle do consumo de drogas injetáveis é adotado o fornecimento de seringas higienizadas e educação sobre a utilização correta e não compartilhamento.
Durante a gravidez, testes devem ser feitos, a fim de evitar a transmissão para o bebê durante a gestação (transmissão vertical transplacentária), durante o parto e no momento da amamentação. A mãe deve ser medicada corretamente para evitar o contagio e o desenvolvimento prejudicado do bebê.
Para pessoas com fatores de risco para contaminação, deve-se estimular as políticas sociais de encorajamento ao teste voluntário e confidencial do HIV, que são muito importantes para a detecção da doença, sem que haja preconceito ou exposição de quem realizou o procedimento. O teste ajuda a melhorar a qualidade de vida do portador, assim como de sua família e de sua comunidade.
Os portadores podem manter boas condições de vida e nutricionais se prevenindo de outras doenças concomitantes e receber auxilio e educação sobre uma vida sexual saudável, sem que outras pessoas sejam contaminadas.

Referências Bibliográficas
Manual Merck - 17° edição – Seção 13: Doenças Infecciosas; 163 – Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana.
Disponível em < www.msdonline.com.br > Acessado em 16 de novembro de 2010.

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