O Brasil vive hoje um problema de saúde pública cujas medidas de controle estão se mostrando pouco eficazes, trata-se da expansão da Leishmaniose Visceral (LV) no território com mudança do padrão epidemiológico de uma endemia rural para um padrão epidêmico urbano.
O processo de urbanização da doença ainda é pouco elucidado, mas a urbanização da própria população é um fator a ser considerado. No Brasil a migração populacional do campo para as cidades vem se dando de maneira desordenada, criando enormes bolsões de exclusão ao redor das nossa grandes cidades. Outro fator é a adaptação do vetor aos ambientes domiciliares e peridomiciliares.
O controle do reservatório urbano, o cachorro, também é um desafio para as autoridades sanitárias. Donos de animais sadios não aceitam a eliminação do cão soropositivo. O tratamento dos casos humanos também é problemático, no Brasil o tratamento de escolha se dá com antimoniais pentavalentes, drogas muito tóxicas e que exigem administração parenteral.
Diante disso, como resolver a questão? A doença é grave e, se não tratada, leva a morte.
Médico infeciologista. Mestre e Doutor em Medicina Tropical. Autor do Livro Lições de Epidemiologia
Subscrever:
Mensagens (Atom)
Origem da Quarentena - Quarantine origin
Em meados do século XIV, autoridades sanitárias da Itália, sul da França e arredores, premidos pela epidemia de peste negra, criaram um sist...
-
Figura - Regiões das Américas com relato de ocorrência de casos humanos de Febre de Oropouche (fonte: CAD. SAÚDE COLET., RIO DE JANEIRO, ...
-
Autores(as): Alexandra Saliba, Camila Lima, Gabriela Manara e Filipe Bittencourt. Epidemiologia A AIDS foi identificada em 1981, nos...
-
Aula introdutória do curso básico de epidemiologia que pretendo postar no decorrer desse semestre. O objetivo será discutir os aspec...