Os animais peçonhentos produzem veneno e são capazes de inoculá-lo através de estruturas especiais que existem para este objetivo ex. serpentes.
Há animais que produzem veneno mas não têm aparelho inoculador e portanto não são peçonhentos ex. algumas espécies de sapo.
O Ministério da Saúde tem um manual (link) sobre a conduta frente acidentes por animais peçonhentos, lembrando que cada local tem as suas particularidades em relação à abordagem clínica, pois as espécies de animais variam geograficamente.
Médico infeciologista. Mestre e Doutor em Medicina Tropical. Autor do Livro Lições de Epidemiologia
segunda-feira, outubro 30, 2006
segunda-feira, janeiro 16, 2006
Discussão de Artigo - Meningite
Community-Acquired Bacterial Meningitis in Adults
van de Beek, D. NEJM 2006;354:44-53
Este artigo não tem novidades. Achei interessante a abordagem da HIC, com as figuras etc. O que me preocupa é a recomendação de vancomicina como tratamento empírico, lá nos EEUU realmente há necessidade do usos deste glicopeptídeo pela alta prevalência de pneumococo resistente aos b-lactâmicos, todavia aqui no Brasil esta resistência não é um problema. Ainda pode-se usar a ceftriaxone com segurança.
De resto tudo a mesma coisa de sempre.
van de Beek, D. NEJM 2006;354:44-53
Este artigo não tem novidades. Achei interessante a abordagem da HIC, com as figuras etc. O que me preocupa é a recomendação de vancomicina como tratamento empírico, lá nos EEUU realmente há necessidade do usos deste glicopeptídeo pela alta prevalência de pneumococo resistente aos b-lactâmicos, todavia aqui no Brasil esta resistência não é um problema. Ainda pode-se usar a ceftriaxone com segurança.
De resto tudo a mesma coisa de sempre.
Dengue tipo 3 mata no Rio de Janeiro
Mais uma epidemia anunciada. Ainda me lembro no final de 2003 quando o ministério da saúde anunciou que a dengue era um problema solucionado e que os casos haviam diminuído em 80 % graças à ação desta competente esfera. Que balela! A dengue desapareceu porque as condições predisponentes para epidemia não foram alcançadas (como a presença de indivíduos suscetíveis), essa é a história natural.
Atualmente no Rio há uma enorme infestação dos domícilios pelo Aedes, em todo canto se encontra este vetor, é claro que existe uma pressão muito intensa para doença reaparecer, todavia ainda não há indivíduos suficientes para se deflagrar uma epidemia como a de 2001-2002. Isso é questão de tempo, talvez daqui a um ano ou dois (ou até antes) já seja suficiente para se ter uma epidemia com os sorotipos que já estão circulando no Brasil. O que temos hoje são níveis endêmicos, a dengue é endêmica no Brasil, e podemos ter períodos de epidemia. De qualquer forma cada vez mais assistiremos a casos graves, esse fato também já é velho conhecido das autoridades.
Outro aspecto que é pouco abordado é a volta da febre amarela urbana. temos o vetor e a enzootia só falta uma ponte. Sinceramente eu ainda não entendo como não há febre amarela no Rio.
Atualmente no Rio há uma enorme infestação dos domícilios pelo Aedes, em todo canto se encontra este vetor, é claro que existe uma pressão muito intensa para doença reaparecer, todavia ainda não há indivíduos suficientes para se deflagrar uma epidemia como a de 2001-2002. Isso é questão de tempo, talvez daqui a um ano ou dois (ou até antes) já seja suficiente para se ter uma epidemia com os sorotipos que já estão circulando no Brasil. O que temos hoje são níveis endêmicos, a dengue é endêmica no Brasil, e podemos ter períodos de epidemia. De qualquer forma cada vez mais assistiremos a casos graves, esse fato também já é velho conhecido das autoridades.
Outro aspecto que é pouco abordado é a volta da febre amarela urbana. temos o vetor e a enzootia só falta uma ponte. Sinceramente eu ainda não entendo como não há febre amarela no Rio.
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